Fushigi - Pensamentos, sentimentos, acontecimentos, emoções e algum mistério.

segunda-feira, julho 31, 2006

Dores

É, fim de semestre, semana de provas, e eu aqui morrendo de dor de garganta e de ouvido.

Ótimo, se melhorar estraga.......

escrito por Sue às 12:47 PM |

quarta-feira, julho 12, 2006

Vóia

Alguém por aí tem alguma avó que é chamada de vóia? Acho que não... Isso foi privilégio dos netos da vóia, minha querida e já falecida avó, descendente de alemães, de sangue bem quente ao contrário do que dizem dos alemães. Hoje acordei pensando nela.

Theolinda Ely Tschiedel, mãe do meu pai, loira, olhos verdes que se tornavam azuis quando cansada ou com raiva. Casada com Hortêncio Tschiedel, músico, boêmio, agrimensor era enfermeira, mas também já trabalhou como costureira. Falava alemão com os filhos e um português com sotaque gostoso. Até hoje existem palavras que ela me ensinou que não sei se são português ou alemão, ou os dois, como schimia (melado de rapadura com batata-doce e abóbora), não sei se escreve assim, mas schimia sempre foi schimia e pronto...

Fazia biscoitos de natal com merengue e confeitos, para distribuir aà família, fazia macarrão em casa nos almoços de domingo, fazia pão caseiro todas as semanas... Tudo delicioso. Tinha diabetes, mas nunca deixou de ter um docinho para os netos em casa. Na verdade ela era louca por doces, mas não podia comê-los.

Morei com ela quando estudava na Escola Normal de Taguatinga (1ª a 4ª série), ela morava na rua de cima da escola. E mesmo quando não estava morando com ela todos os dias da semana (2ª a 6ª) eu tomava café da manhã na casa dela antes de ir para a aula, afinal meu pai tinha que tomar o chimarrão na roda dos irmãos e da vóia em volta do fogão à lenha que ela tinha, principalmente nessa época de frio... (O fogão perecia esse aí do lado, mas tinha florzinhas desenhadas)

Talvez eu tenha sido a neta que mais curtiu a vóia, quando minha família viajou para o Japão ela estava doentinha, enfisema pulmonar, e quando voltamos, ela estava bem ruim. Ás vezes não me reconhecia, me chamava do nome da minha prima (também minha madrinha, a Cely) e ficava perguntando por mim. “Cadê a Sue? Já fez o almoço para ela?” sempre preocupada comigo. Triste...

Quando ela morreu, eu fiquei muito triste, mas um pouco aliviada, pois ela estava sofrendo muito. Esses tempos atrás eu voltei à antiga casa dela, mas nada ali lembrava a minha vóia. As hortências não estavam mais lá, nem o velho fogão a lenha e a mesa de abrir. O jardim cheio de plantas e legumes não parecia o mesmo, nem a pilha de lenha estava mais lá... Meu primo agora mora na casa, mas para mim a casa parece morta.

escrito por Sue às 9:07 AM |

terça-feira, julho 04, 2006

Cuidado!!!

Se vocês costumam andar pela via W4 Norte e Eixo Monumental durante as manhãs, tenham cuidado, afinal eu estou tendo aulas de volante.

A fotinha do lado, deve ser a cara dos motoristas que andam atrás de mim, pois eu tenho muita consciência da faixa amarelo-berrante pintada no carro da auto escola que eu dirijo, então nem ligo.

Eu não sou tão ruim, tirando que fico apavoradinha quando estou no meio de dois ônibus dando seta para cima de mim, eu sei andar em linha reta e fazer curvas sem ir para cima dos carros do lado (coisa que muito cara de carteira na mão não sabe). Ah, tanbém sei fazer o que todo instrutor de auto escola adora que façamos, controle de embreagem.

Descobri duas coisas: dirigir faz doer as pernas, e calma é tudo o que você precisa, afinal tem umas pessoas bem burrinhas que sabem dirigir.

O instrutor que me dá aula tem uma calma infinita, mas corrige tudim tudim. O que ele mais me manda fazer é maneirar a mão no volante (afinal eu agarro o volante como se fosse a tábua de salvação) e que para passar a marcha não precisa força.

Então fiquem avisados: eu estou nas ruas e tenho uma arma em potencial nas mãos, hahahaha!

escrito por Sue às 8:36 AM |